Aqueles que olham para as leis da Natureza como um apoio para os seus novos trabalhos colaboram com o Criador.
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terça-feira, 29 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Uma manhã sem tii
ó amor,
ó coisa de louco,
sentimento, coisa alguma,
voraz, mordaz, mortífero.
Das mentiras, que me mentiste
Estas algemas são as melhores
E eu sabia!
Sabia que era loucura.
Mas quem apura?
Serás tu, ou a tua ausência?
Que nada me dissesses,
Já que esta é a sequência!
Que me mates, logo
Que morrer de lentidão
é pior do que da dor.
Morrer ao sangue,
Morrer de amor.
Diga-me adeus
Fique com os meus recados,
ó moço.
Fica com os meus lábios,
Fica com os meus braços.
E que me mates.
Caly Coelho
Luanda-Angola
Diálogo..
Julguei-te várias vezes sem fim
Julguei-te sempre quandi sentia tua presença ausente
Aniquilava meus neurónios sem motivos
E sem precaução chorei por baixo dos meus lençois
pk? Assim o silêncio então respondia...
...
O diálogo chama
O diálogo chama a sua atenção de forma irônica e serena e...
E vês que tudo se passava clara
O diálogo...
O diálogo acordou-te de volta para o mundo dos reais
Nada acaba do nada quando tudo é pensado antes de se agir.
Um tesouro
Por vezes ela gostaria de aprender a ser safada o bastante só para fugir de suas próprias regras, regras essas que não conseguem fugir e a pergunta vem a tona, o por quê dessa situaçao?! o por quê que ela não consegue chegar até ao seu próprio desejo, para aquela ternura de 93°c aiai.. só a curiosidade a responderá, mas...mas o...mas o medo...mas o medo lhe enfraquece e acaba com todos os prazeres que a vida a pode dar com todo amor e protecçao, mas..mas talvez...mas talvez n seja aquela a palavra certa para descrever a situaçao, talvez...talvez seja discreçao de si mesma, afinal...afinal, nunca tinha sido um propósito focado, um propósito para a conquista, mas não será agora essa dita discreçao que a vai fazer perder.. perdê-lo pois! Pois estava lá então com a sua mais que uma ilusão, a 1/4 do seu coraçao, felizes mas ao mesmo tempo perdidas de si mesmas, vagueando sempre juntas com seus mais puros segredos, onde uma se dizia ser a grande e verdadeira mas só uma praticava no seu reino, abandonava ficou por não ser mais uma "fashionista", mais uma seguidora de gente popular, anos se passaram e notou que sua imperatriz faz mais falta que uma mera noite, uma lição.. sua imperatriz continuou...
O choro de África
Nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
No desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
Nos batuques choro de África
Nos sorrisos choro de África
Nos sarcasmos no trabalho choro de África
Meu irmão Nguxi e amigo Mussunda
No círculo das violências
Mesmo na magia poderosa da terra
e da vida jorrante das fontes e de toda a parte e de todas as almas
E das hemorragias dos ritmos das feridas de África
Mesmo no florir aromatizado da floresta
Mesmo na folha
no fruto
na agilidade da zebra
na secura do deserto
na harmonia das correntes ou no sossego dos lagos
mesmo na beleza do trabalho construtivo dos homens
inventado na servidão
em historias de dramas negros almas brancas preguiças
e espíritos infantis de África
as mentiras choros verdadeiros nas suas bocas
onde a verdade violentada se estiola no circulo de ferro
da desonesta forca
sacrificadora dos corpos cadaverizados
inimiga da vida
na violência
na violência
na violência
desmentidas nos lamentos falsos de suas bocas - por nós!
E amor...
e os olhos secos.
1° Presidente de Angola
Um poema...
Fugir não é a solução
Amor enche todo o vazio do coração
Preenche a vida fecundada à paixão
Regras porquê?!!
beija na boca e deixa viver livre esse querer!
Adilson dos Santos
Luanda-Angola
domingo, 13 de abril de 2014
As belas meninas pardas
As belas meninas pardas
são belas como as demais.
Iguais por serem meninas,
pardas por serem iguais.
Olham com olhos no chão.
Falam com falas macias.
Não são alegres nem tristes.
São apenas como são
todos dos dias.
E as belas meninas pardas,
estudam muito, muitos anos.
Só estudam muito. Mais nada.
Que o resto, trás desenganos>>>
Sabem muito escolarmente.
Sabem pouco humanamente.
Nos passeios de domingo,
andam sempre bem trabajadas.
Direitinhas. Aprumdas.
Não conhecem o sabor que tem uma gargalhada
(Parece mal rir na rua!...)
E nunca viram a lua,
debruçada sobre o rio,
às duas da madrugada.
Sabem muito escolarmente.
Sabem pouco humanamente.
E desejam, sobretudo, um casamento decente...
O mais, são histórias perdidas...
Pois que importam outras vidas?...
outras raças?... , outros mundo?...
que importam outras meninas,
felizes, ou desgraçadas?!...
As belas meninas pardas,
dão boas mães de família,
e merecem ser estimadas.
De Alda Lara